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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Qual filho você é?



A atitude de Jesus para com os fariseus e escribas sempre foi de revolta. Estranhamente, tendo a mente cauterizada pela religiosidade, eles eram totalmente ignorantes a cerca das palavras e atitudes que viam em Jesus, um homem que se dizia ser o Messias, Rabi, Mestre, se sentando, convivendo e estando entre os pecadores – nota, pecadores no sentido dos religiosos, os fariseus e escribas.

Lucas registra um encontro onde os ânimos dos fariseus foram exacerbados devido Jesus estar entre os quais eles consideravam os parias da sociedade, os excluídos, os sem direito algum na sociedade – os publicanos e pecadores.

No
capítulo 15, Lucas relata que Jesus estava ensinando os discípulos e muitos os outros, a cerca do significado do discipulado, daquele que quer segui-Lo, que deve tomar a sua Cruz de cada dia, e muitas outras coisas, e logo, chegaram até Ele os publicanos e pecadores para O ouvir.

Isso exacerbou e ascendeu os ânimos de justiça dos fariseus, que levantaram um comentário dizendo: “...Este recebe pecadores, e come com eles”.

Imediatamente Jesus lhes propôs algumas parábolas para reflexão, sobre o significado daquilo que estava perdido – fazendo menção aos pecadores e aos publicanos que eram desprezados pelos fariseus – e sua relação com Deus, e a atitude Dele para com estes, considerados pecadores.

Ele cita então três parábolas, começando com a da ovelha perdida, depois a da mulher que havia perdido uma dracma e a encontra após limpar a casa, e termina com a parábola do filho pródigo.

Nisto, Jesus traça a singularidade da relação de Deus para com o homem, independente de seu estado e condição humana.

Na última parábola, de forma mais exata, Ele demonstra a relação e atitude de Deus no pai que recebe o filho que havia ido embora – o mais novo –, e posteriormente a relação deste pai com o filho que não tinha se ausentado de casa, porém vivia uma vida que não era da posição em que realmente ele tinha, se colocando numa posição de servo e escravo do pai – o mais velho.

Em todas as Escrituras, paradoxalmente, podemos ver os encontros destes dois filhos – o mais velho, e o mais novo.

Um dia, podemos dizer que de forma subjetiva, vemos estes dois filhos subindo ao templo para adorar ao Senhor. O mais novo, se ajoelha, e não tem nem coragem de levantar sua cabeça diante do altar. O mais velho, arrogantemente, olha o mais novo, e inicia sua oração dizendo: “Óh Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano meu irmão mais novo (acréscimo meu). Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo”. Já o irmão mais novo, sem erguer a cabeça, orava: “Óh Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” E Jesus pergunta qual destes dois desceu justificado diante de Deus? O último – o mais novo – desceu justificado diante do Senhor.
Depois, vemos estes dois irmãos novamente. O pai, um agricultor, pede ao filho mais novo que vá trabalhar na vinha pra ele, porém o filho mais novo diz que não queria ir. O pai, faz o mesmo pedido então ao filho mais velho o qual prontamente diz que iria. Porém, o mais velho não foi, e aquele que tinha falado que não iria – o mais novo – este arrependido, vai e faz o que seu pai tinha pedido, e trabalha na vinha.

Vemos ainda outro encontro destes dois filhos, um fica devendo uma quantia enorme e quando é chamado pelo credor, clama por misericórdia pois com o tempo pagará o que lhe devia. O credor, agindo de misericórdia, perdoa toda a dívida deste que lhe devia uma grande quantia. Este saindo, encontra o irmão mais novo no caminho que lhe devia uma quantia irrisória perto do que este foi perdoado. Mas o filho mais velho pula no pescoço do mais novo cobrando o que lhe era de direito. O filho mais novo pede misericórdia pois iria pagar e clama por mais um tempo. Porém, o mais velho, quer torturá-lo e prendê-lo por não lhe pagar. Os homens que conheciam o mais velho, e sabendo que lhe fora perdoado sua dívida, vão até o credor e contam o que o mais velho fez ao mais novo. Este, cheio de ira, chama aquele a qual perdoara e o coloca na prisão por não agir com misericórdia ao mais novo com a qual tinha recebido.

Ainda na primitividade da existência, vemos estes dois irmãos – o mais velho e o mais novo – vindo adorar ao Senhor. O mais velho – Caim – traz do fruto da terra, pois era lavrador, sua melhor oferta. O mais novo – Abel – traz das primícias do seu rebanho uma ovelha, pois era pastor de ovelhas. E os dois oferecem uma oferta ao Senhor.
O primeiro – o mais velho – traz a validação do seu trabalho. O segundo – o mais novo – traz a afirmação da sua impotência. O primeiro afirma o seu valor diante de Deus, e o faz no sentido de auto-justificação através da oferta que custou seu trabalho, sua engenhosidade psicológica, esforço, empreendimento, e muita ralação. O segundo, não tendo nada do que lhe tenha custado empreendimento psicológico, ao contrário, traz daquilo que não lhe pertence, apropria-se de uma vida alheia, confessando sua impotência, confessando que tem que haver um substituto diante dele e de Deus, confessando sua total incapacidade de gerar e intervir nas ordens naturais, traz como oferta ao Creador a própria creatura. E as Escrituras diz que Deus aceitou e se agradou da oferta do segundo, porém, todavia, não se agradou da oferta do primeiro.
O interessante é que nesta passagem o irmão mais velho fica indignado com a aceitação do mais novo, e sente inveja.

É o mesmo sentido operando vividamente na passagem do filho pródigo a qual Jesus conta aos fariseus. O mais novo vai, sai de casa com toda a herança, gasta tudo nas terras distantes, e ficando sem nada, vai trabalhar cuidando dos porcos. O mais velho, fica em casa, com o pai, e passa a trabalhar com ele. Passado algum tempo, o mais novo cai em si, e sente o desejo de retornar à casa do pai, ainda que seja para ser recebido como um escravo, um servo. Quando retorna, o que nos mostra a parábola contada por Jesus, é a forma com que o pai trata este filho, que havia abandonado o lar, e desperdiçado todos os seus bens.

Jesus coloca o pai todos os dias na varanda à espera do filho. De modo que podemos entender que este pai aguardava o dia em que veria seu filho retornando para o lar. E quando este dia acontece, violando todas as éticas morais vigente do sistema familiar patriarcal onde um pai nunca se dirigia à presença do filho muito menos correria ao seu encontro, Jesus põe este pai correndo e se lançando ao pescoço do filho, com uma alegria imensa por tê-lo de volta com vida. O filho tenta falar a frase ensaiada, porém, o perdão e misericórdia do pai é maior, e lhe devolve a posição de filho em sua recepção. Roupas, anel, sandálias, festa, músicas, alegria, são as características do retorno de um filho que se arrepende e volta para a casa do pai.
Mas o filho mais velho – como Caim – não gostou da recepção dada ao seu irmão mais novo, e fica indignado, se ira, sente inveja, e não quer compartilhar da alegria do retorno do irmão mais novo. Ele, como Caim, afirma diante do pai o seu trabalho, o seu valor, sua auto-justificação, dizendo que tanto tempo trabalhou, ralou, serviu ao pai, e nunca teve nenhum cabritinho para se alegrar com seus amigos.

O sentido que aprendemos, é que sempre os irmãos mais velhos pensam serem os únicos dignos da aceitação divina. Pensam serem os únicos a terem direitos às bençãos divina apenas por carregarem em si um pedigree religioso.

Para Jesus, os pecadores era como os filhos mais novos, como aqueles que haviam se perdido no caminho. Como aqueles que abandonaram a casa do pai – talvez por não suportarem conviver com os irmãos mais velhos... rsrs – como aqueles desprezados pelos fariseus e escribas – os publicanos, prostitutas e demais pecadores; estes eram os filhos mais novos.

Neste sentido, Jesus queria demonstrar a relação singular de Deus para com os homens, sejam eles quem for e como vivem e estão; afinal, todos somos filhos de Deus, seja o mais velho, seja o mais novo; só precisamos nos conhecer o suficiente para nos conscientizarmos de qual filho somos.

Qual filho você é?

Quais das atitudes descritas como as do mais velho e mais novo caracterizam a sua vida?

Suas atitudes refletem as atitudes do filho mais velho ou as do mais novo?

Pense nisso!

Juliano Marcel
Bragança Paulista
26/07/08
ministeriogracaevida@hotmail.com
juliano.marcel@ymail.com
www.julianomarcel.blogspot.com

1 comentários:

Kelly 13 de agosto de 2008 às 07:38  

Paz seja contigo meu irmão.
Muito interessante esse texto, embora serem diferentes, os dois são filhos e como filhos precisamos nos amar e juntos lutar pelo que o Senhor mais sela, AS ALMAS. Parabéns pelo seu blog.

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