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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

--- O Inconsciente Coletivo na “igreja” ---


Nestes últimos tempos da “igreja” – assim como em toda a era “cristã” – temos visto muitas coisas que não estão de acordo com o conteúdo do Evangelho deixado por Jesus, e de certa forma com a aplicação deste conteúdo no cotidiano e vida do indivíduo.

Foram sendo acrescentados muitos dogmas no decorrer dos tempos e seu conteúdo foram ficando armazenados no inconsciente coletivo dos cristãos, o qual sob a imposição no inconsciente pessoal determina certas formas de pensar herdadas por aquele.

O inconsciente coletivo, de certa forma, leva a pessoa a perder ou efetuar uma supreção em sua individuação, gerando no indivíduo uma máscara – o qual Carl Jung chama de persona.

Não podemos nos esquecer que individuação é diferente de individualismo. Por individualismo, a grosso modo, podemos dizer que seja acentuar e dar ênfase deliberada a supostas peculiaridades, em oposição a considerações e obrigações coletivas. A individuação, no entanto, significa precisamente a realização melhor ou mais completa das qualidades coletivas do ser humano; significa também tornar-se um ser único, na medida em que por “individualidade” entendermos nossa singularidade mais íntima, última e incomparável, significando também que nos tornarmos o nosso próprio si-mesmo – ou o verdadeiro “eu”.

Para podermos entender como age o inconsciente coletivo religioso nos “cristãos”, precisamos antes, especificar o que seja o inconsciente coletivo.

O nosso inconsciente contém, não só componentes de ordem pessoal, mas também impessoal, coletiva, sob formas de categorias herdadas ou arquétipos. Em alguns casos – e no que estou tratando neste texto – o inconsciente , em seus níveis mais profundos, possui conteúdos coletivos em estado relativamente ativo; por isso designa-se inconsciente coletivo.

Para tal, precisamos entender que nossa psique consciente e pessoal repousa sobre ampla base de uma disposição psíquica herdade e universal, cuja natureza é inconsciente; a relação da psique pessoal com a psique coletiva corresponde, mais ou menos, à relação do indivíduo com a sociedade.

Do mesmo modo que o indivíduo não é apenas um ser separado e singular, mas também um ser social, a psique humana também não é algo de isolado e totalmente individual, mas também um fenômeno coletivo. E assim como certas funções sociais ou instintos se opõem aos interesses dos indivíduos particulares, do mesmo modo a psique humana é dotada de certas funções ou tendências que, devido à sua natureza coletiva, se opõem às necessidades individuais.

Isto posto, o que isso tem a ver com a religião?

Tudo!

Todo ser humano ao se perceber um ser individual – e na nossa sociedade totalmente religiosa – já traz como herança coletiva o conceito religioso predominante na sociedade em que vive – por assim dizer o inconsciente coletivo.
Percebemos isso de forma muito mais intensa nas “igrejas” tradicionais antigas – onde os indivíduos praticamente nascem dentro da “igreja”; e crescem neste meio religioso –, porém não deixando de estar presente em todo ajuntamento da coletividade na qual se esteja em fraternidade se reunindo com uma intenção religiosa.

O processo é que de certa forma o inconsciente coletivo religioso – e por isso entendemos todos os conceitos do certo e errado, do bem e do mal, da ética e moral, dos critérios e até mesmo as expressões de fé, e confissões, o conceito de Deus e de Jesus, é gerado então uma opinião coletiva que se perpetuará nas gerações futuras inconscientemente – age de forma a impedir a individuação do ser – pelo qual podemos dizer que seja a individualidade, o ser como vimos acima, o eu verdadeiro.

A psique coletiva compreende as partes inférieures das funções psíquicas, isto é, a parte solidamente fundada, herdada e que, por assim dizer, funciona automaticamente, sempre presente ao nível impessoal ou suprapessoal da psique individual. Quanto ao consciente e inconsciente pessoais, podemos dizer que constituem as partes supérieures das funções psíquicas, isto é, a parte adquirida e desenvolvida ontogeneticamente. Por conseguinte, o indivíduo que incorporar a priori e inconscientemente a psique coletiva pré-existente, a seu próprio patrimônio ontogenético, como se a primeira fosse parte deste último, estenderá de modo ilegítimo os limites de sua personalidade, com as conseqüências correspondentes.

Pelo fato da psique coletiva compreender as partes inférieures das funções psíquicas, constituindo a base da personalidade, poderá esmagar e desvalorizar a personalidade em si mesma.

Daí o problema de viver a influência do inconsciente coletivo.

O indivíduo cresce na “igreja” com um conceito coletivo pré-determinado para sua vida, de forma que ele molda sua vida atraindo do inconsciente para a sua consciência as regras e conceitos da coletividade.

Daí percebermos a facilidade com que se pode manipular as pessoas nas “igrejas”, fazendo uso daquilo que já está impregnado o inconsciente pessoal – totalmente inundado do inconsciente coletivo. Por assim dizer, vemos que quando algum conceito que esteja de forma fundamentada no inconsciente coletivo é contestado, gera uma crise no ser ou na coletividade.

Quando um dogma instituído e gravado do inconsciente coletivo não é aceito por um indivíduo, que não se deixou ou não se permitiu estar se conscientizando deste dogma do inconsciente coletivo, este indivíduo torna-se uma ameaça ao bem estar da coletividade religiosa. Daí vermos frequentemente nas “igrejas” alguns pastores nomear algumas pessoas que não concordaram com seus pontos de vistas como uns “subversivos ou rebeldes”.

Tal indivíduo por não permitir que sua consciência se coletivize da opinião coletiva, é tomado como alguém que pode seriamente se apresentar como uma ameaça. Isto só porque o indivíduo tem bom gosto de não compactuar de tais opiniões.

Por um outro lado também, o inconsciente coletivo age na consciência individual, de uma forma a neutralizar o crescimento e desenvolvimento singular do indivíduo.

De forma que tal crescimento ou desenvolvimento esteja limitado aos padrões estipulados pela coletividade, que em sua inconsciência patenteou tais padrões.

Se o inconsciente coletivo traz em si aquilo que a média da sociedade religiosa determinou tempos atrás, e se a opinião ou determinação que foi gerada no passado num conceito ou interpretação moral-ético-teológico for em certa forma errada ou distorcida daquilo que realmente é verdadeiro, podemos concluir que aquilo que foi determinado e ficou gravado no inconsciente coletivo da época, e que no decorrer dos anos foi passado sob formas de categorias herdadas, o que temos hoje como conceito moral-ético-teológico é o reflexo daquilo que no passado foi erroneamente afirmado como verdade.

Um exemplo: Anos atrás o inconsciente coletivo religioso estava impregnado com a certeza de que televisão e rádio eram do diabo. De forma que todos da “igreja” não podiam nem sequer assistir ou ouvir uma programação televisiva ou transmitida pelo rádio. E isto foi passado para as gerações seguintes, como que no meu caso, na minha adolescência presenciei pessoas sendo disciplinadas e excluídas da “igreja” por em suas casas conterem tais produtos, sendo julgadas sobre a imposição da opinião coletiva de acordo com o “critério moral” da época vigente.

Neste exemplo, vemos tal dogma era aceito totalmente pela coletividade, tornado então a consciência e opinião única a respeito deste determinado assunto. Assim, isto foi sendo passado para as gerações seguintes, de forma que a um tempo, todos os alienados na “igreja” achava totalmente natural esta imposição da proibição da TV em suas casas.

Podemos citar muitos outros exemplos, como a questão do véu dentro da C.C.B., o que faz com que toda adolescente quando está chegando em uma certa idade, inconscientemente sente o desejo de ter um véu para cobrir a cabeça durante o período do culto ou nos momentos de oração devocional. Isso foi passado pelo inconsciente coletivo. Aquilo que é aceito pela coletividade social-religiosa desta determinada “igreja”.

A questão é que a influência do inconsciente coletivo sob o inconsciente pessoal faz com que se perca a individualidade do ser.

De forma que você vive uma vida paralela. Uma vida que a religião pré-determinou pra você, e em secreto, a vida que você sabe que é a sua, mas faz uma força enorme para escondê-la, para conseguir viver segundo a opinião da coletividade em que se encontra.

Somos levados pelo inconsciente coletivo muito facilmente. Aceitamos a ética coletiva muito facilmente, sem contestá-la.

A questão do “critério” tornou-se a ênfase da coletividade, de forma que o que se é determinado se determina em nome do “critério”.

O que quero dizer com tudo isso?

Que precisamos nos libertar deste inconsciente coletivo diabólico, pois o diabo usa destas expressões inconscientes para influenciar toda uma sociedade, de forma que as determinações que são aceitas vêem com uma influência maligna, e aceitamos todas elas sem ponderá-las. Ainda mais no meio religioso no qual a espiritualidade toma o lugar da razão, e o culto racional passa a dar lugar a um culto de experiências místicas, e onde tudo é muito fácil de se manipular devido a ignorância do povo, e da aceitação de qualquer besteira que seja dita em nome de Deus.

O inconsciente coletivo é responsável também por certas expressões místicas que vemos nas “igrejas”. Seja ela nas chamadas “unções especiais” - como o rugido do leão, ou a unção da lagartixa, ou a unção do riso, ou a unção da dor, dentre tantas outras unções mirabolantes – as pessoas são levadas a acreditar nestas manifestações pela influência do inconsciente coletivo – aquilo que aquela determinada “igreja” aceita sobre tais experiências místicas – e desejam viver e aceitam como reais tais manifestações – clinicamente teriam um laudo de psicose, neurose ou ainda uma esquizofrenia.

Na verdade, o que precisamos é começar a valorizar a individuação, e lutar contra a influência do inconsciente coletivo, de forma a termos em nossas igrejas indivíduos saudáveis e únicos, sem influências coletivas. E sendo aceitos como únicos, singulares e pessoais.

Jesus nunca quis que seus seguidores fossem uns robôs manipuláveis com pensamentos e comportamentos pré-determinados, pelo contrário, Ele sempre preservou a individualidade e ensinou a individuação de Seus discípulos.

Que venhamos a nos conscientizarmos daquilo que é mal e que está gravado no inconsciente coletivo, de forma a nos individualizarmos em Cristo, sendo únicos Nele.

Para compreender isso, mergulhe dentro de você mesmo. Reveja seus conceitos, suas verdades. O que é verdadeiro pra você? O que é verdadeiro para a sociedade religiosa de sua igreja, mas não testifica como verdade em você? Aquilo que você compreende sendo bom, mas que a religião diz que é mau. As opiniões que são dadas, mas as quais você não concorda por não testificar em você.

Os critérios que são usados, mas que não testificam do Evangelho que Jesus viveu. As doutrinas que são aceitas, mas não são as expressões de verdade do Evangelho. As disciplinas, punições e exclusões que são dadas, mas que não foram dadas por Jesus nem cogitadas por Ele.

Todas estas coisas estão no inconsciente coletivo. E se você não analisar aquilo que é determinado, você será mais um marionete do sistema – o inconsciente coletivo religioso.

Pense nisso!

Na graça Dele,

Juliano Marcel
Bragança Paulista-SP
06/08/08
juliano.marcel@ymail.com
www.julianomarcel.blogspot.com

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