"Aqui você lê o conteúdo essencial do Evangelho da Graça de Deus que revela o único Caminho a ser feito .... o Caminho é Jesus!"

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Cristianismo ou Cristicidade?


Uma análise sobre o ser "cristão" e o ser "crístico"
Infelizmente o cristianismo destes últimos dias tem deixado muito a desejar. Primeiro porque perdeu seu significado. Segundo porque no decorrer dos anos – são dois mil anos na terra – ofuscou-se sua visão, perdendo então seu foco, seu significado e sua essência.

O cristianismo hoje é visto por muitos como um dos meios mais sujos e corruptos da humanidade. Errados? Não! Nosso testemunho tem sido de vergonha, não temos o direito de arrogar-se a si mesmo o nome de “cristão” um vez que não agimos como os conhecidos “cristãos” do Coliseu, que não negando sua fé em Jesus, abriram mão das suas próprias vidas pela causa de Cristo.

Nós, ao contrário, abrimos mão de Jesus em prol da nossa vida; da nossa estabilidade, da nossa comodidade, do nosso bem-estar, da boa colocação social, da projeção sobre a média, do lugar de destaque, do dinheiro fácil, das riquezas às custas dos mais simples e ignorantes; enfim, mesmo confessando Jesus com a boca, somos capazes de negá-lO com nossas atitudes, escolhas, decisões, comportamentos e com a nossa própria vida.

Afinal, somos cristãos ou não?

Dentro deste contexto maléfico, o que me resta, é abrir mão do “cristianismo-histórico-cultural” – ou como muitos chamam, o ser “evangélico” – para ser de Cristo em minha totalidade.

Abro mão das heranças religiosas herdadas pelo “cristianismo” para ser de Cristo com todas as víceras do meu ser.

E nesse abdicar do “cristianismo”, abro espaço para ser crístico em Cristo.

Se faz necessário então entender o que é ser crístico!?

Quero emprestar a definição de um companheiro – Huberto Rohden – para adotar este sinônimo: CRISTICIDADE ou CRÍSTICO deriva-se da palavra Cristo; crístico, logo é aquele que em si carrega o significado e a essência derivado do Cristo. Aquele que compartilha da essência do Cristo.

Para que você possa entender, nessa definição podemos dizer que o apóstolo Paulo era crístico porque entendeu que ao aceitar a Cristo como Senhor de sua vida, e ao conscientizar-se do significado da Cruz, escreveu que ele já não era somente ele mesmo, mas sim, ele era ele sendo em Cristo – e nos dizendo de outras tantas formas: ora, “já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”; “Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo?”... e tantos outras passagens que fala sobre o “ser crístico” - que carrega Cristo no centro do ser, de modo que já não se percebe independente, mas se percebe incluído, arraigado e plantado em Cristo.

Assim, entendemos que:

Cristão é aquele que carrega os traços do cristianismo histórico, com performances do protestantismo; crístico é aquele que carrega o significado da cruz no ser, e do Evangelho na vida.

O cristão se atenta para o exterior; o crístico sabe que a vida exterior é o resultado da entrega da interioridade a Cristo.

O cristão precisa de santificação por meio de formas; o crístico se sabe santificado por meio de Cristo, e sabe que santificação é fruto de uma vida de entrega ao total controle do Espírito do Senhor.

O cristão precisa de um lugar geográfico para cultuar ao seu deus; o crístico sabe que sua vida é um altar móvel cuja Santo-dos-Santos é o seu próprio coração, um lugar de sacrifício constante de adoração ao verdadeiro Deus.

O cristão entende que sua vida só deu fruto se “ele” levou alguma alminha oprimida aos pés de Jesus; o crístico entende que os frutos não se reduz à salvação de almas, porém, são todas as expressões exteriores de bondade, de assistência, de generosidade, do estender a mão em direção ao próximo.

O cristão pensa que Deus só o percebe quando na “igreja” ele ora dizendo: “Senhor ‘entramos’ agora em Tua presença....”; o crístico sabe que sua vida é um total flagrante diante de Deus, de forma que se percebe na presença de Deus a todo o momento – “onde me esconderei de sua face? Onde quer que eu for Tu lá estarás” disse o salmista.

O cristão tem dias e horas marcados para a operação de Deus – como se isso fosse possível – , de forma que se na segunda é culto de libertação, Deus não pode derramar o Seu Espírito, e se no domingo é culto da família, Deus não pode libertar – é como os fariseus diziam “... existem outros dias para serem curados, venham em outras reuniões e não no sábado...”; porém, o crístico sabe que todos os dias é dia oportuno para o agir de Deus, de modo que nenhum homem pode regular a agenda de Deus, uma vez que Deus não tem agenda pré-determinada para sua atuação na humanidade.

O cristão precisa se limitar ao não toque, não fale, não esteja com aquele, não bebas isso, não se vista daquele modo; já o crístico sabe que “tudo é permitido”, porém nem
tudo é proveitoso. Sim, “todas as coisas são lícitas”, contudo nem todas são edificantes
, de modo que quem se percebe de Deus, sabe o seu próprio limite.

O cristão precisa de tutores, de aios e de mentores – pastores, bispos e apóstolos – que o controle e o dirija na vida, ditando regras e o direcionando em como devem andar; o crístico sabe que em Cristo já não precisamos de aio, de tutores, de modo que quem quer viver o Evangelho, olha pra Jesus e seu Caminho na terra, e o imita, de modo que o único pastor é o Bom Pastor, que deu Sua vida pelas Suas ovelhas.

(Entenda que há o que chamo de extrapolação de liderança, sendo que existem líderes que se acham os únicos mediadores entre Deus e os homens, alguns arrogam a si o direito de dar uma cobertura seja “pastoral” ou “apostólica” sobre outros, porém a única cobertura que está sobre mim, é a do Sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo, e tenho pessoas com as quais tenho relacionamento e que os tenho como referência, me submetendo à sua autoridade pastoral por entender que são homens verdadeiramente comprometidos com o Evangelho.)

O cristão tem um senso de justiça própria que o diferencia dos demais, sendo que são capazes de exercer juízos sobre outras pessoas determinando grau de santidade, de justiça e de pecaminosidade, e impondo disciplinas e exclusões sob a justificativa de se estar sendo criterioso-ético-e-moralmente correto conforme a Bíblia; o crístico olha para os outros a partir dele mesmo, percebe nos outros alguém que é falho como ele é falho, e que se ele foi perdoado, logo, ele pode perdoar.

Enfim, o crístico sabe que apesar dos “cristãos”, todos somos filhos de Deus. Todos pecaram, e todos destituídos estão da glória de Deus.

Logo, quem se percebe incluído em Cristo, inclui outros sem distinção. Quem se percebe amado por Deus sendo ainda pecador e não merecedor, ama outros com o mesmo amor com a qual é amado. Quem se percebe perdoado por meio da Cruz e do Sangue de Cristo, perdoa ao próximo como por Ele foi perdoado. Quem se percebe um filho da misericórdia, alguém cuja dívida impagável foi paga por meio do Sangue de Cristo, e Nele ainda sendo injusto foi feito justo e justificado por meio de sua Cruz, estende esta misericórdia ao próximo pois se sabe um filho da Graça sendo gracioso para com o seu próximo.

Quem se percebe posto no único Caminho que gera Vida por graça, e não pelas suas obras, é capaz de aceitar que outros sejam posto neste mesmo Caminho independentemente de quem são, permitindo que o Caminho gere Vida nele conforme a Verdade de Deus pra nós.

Sendo assim, abro mão de ser este “cristãozão” conforme vemos os ridículos exemplos de várias formas expressadas em atitudes, confissões, comportamentos, palavras, e falcatruas, para ser crístico em Cristo.

Vivendo o verdadeiro significado do Evangelho pra nós, no chão da vida, não se limitando apenas num espaço geográfico, e sim sendo Evangelho onde quer que estejamos, na rua, em casa, no trabalho, na escola, na urna de eleição, na internet, com a esposa, com o marido, com os filhos, com os pais, com os amigos, até mesmo dentro da “igreja” – porque não!? rsrsrs....

Assim, convido você a reavaliar sua fé. Onde você tem o seu referencial, qual significado tem tido a sua existência. Qual definição tem sido a marca do seu caminhas na vida: cristão ou crístico?

Pense nisso!

Juliano Marcel
27/11/08
Bragança Paulista-SP
juliano.marcel@ymail.com
www.julianomarcel.blogspot.com

*Nota: Não estou fundando uma seita religiosa, nem escrevendo uma heresia, apenas convidando você a refletir sobre o significado da sua fé, e como você tem vivido. Crístico é apenas uma definição secundária para o mesmo ser que confessa Jesus como Senhor e Salvador da sua vida, e Nele, vive a vida com Graça conforme o Evangelho.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Simplicidade da vida conforme o sermão do monte

A simplicidade com que somos chamados para viver em Cristo, é totalmente antitético com a realidade que vivemos hoje. Aliás, seja qual for a realidade, tempo, meios-sociais que se viva, a essência da vida que em Cristo nos é proposta é totalmente contrário.

Mateus relata uma mensagem de Jesus, conhecida como o Grande Sermão – o do monte – e nela, Jesus fala sobre a síntese da vida e sua centralidade no ser que a vive, e faz o convite para que todos vivam a vida cumprindo a palavra que de Sua boca procedera.

Muitas vezes atentamos para o lado positivo e bom que nas bem aventuranças nos é dito, porém ignoramos o negativo, ou, o que acarreta se tal verdade não for cumprida na vida.

Dessa forma podemos entender que se bem-aventurados são os humildes de espírito, emacumbados são os arrogantes!


Se bem-aventurados são os que choram, pedrados e dessensibilizados são os que são incapazes de oferecer consolo.


Se bem-aventurados são os mansos, demoniacamente existenciais são aqueles em cujo coração existe apenas a vontade e o rompante de partir para o trucidamento do outro!


Se bem-aventurados são os que têm fome e sede de justiça, demonizados são os acomodados, indiferentes e dessensibilizados, que passam pela existência sem nenhum tipo de sentimento para com a vida!


Se bem-aventurados são os misericordiosos, feiticeiros no coração são os implacáveis!


Se bem-aventurados são os limpos de coração, homicidas são os que malignamente fazem mal ao seu semelhante com uma atitude mascarada de bondade.


Se bem-aventurados são os pacificadores, malditos são aqueles que existem para a intriga, para a contenda, para a provocação da inimizade, para a construção de fossos entre as pessoas!


Se bem aventurados são os perseguidos por causa da justiça, malditos e filhos do império das trevas são aqueles que por toda a injustiça conseguem passar ilesos pela existência, alimentando-se de maldades e maldades!


Se bem-aventurados são aqueles que forem injuriados e perseguidos e, mentindo dizem todo o mal contra estes filhos de Deus por causa de Jesus; filhos do diabo são os que se sentem como os donos da verdade suprema, e que ressentidos com aqueles que crêem na liberdade de Cristo, os acusam de profanadores e libertinosos, e maquinam meios para diabolicamente fazerem da liberdade em Cristo, um cárcere privado da consciência controlando e manipulando o próximo tirando proveitos próprios.


Assim, podemos entender que as Bem-Aventuranças do Sermão da Montanha não é poesia a ser declarada nem decorada, e sim, para servir de chão pra vida, de fundamento da existência, de caminho pro ser, de fundamento para a vida, de alicerce que dá sustentabilidade para que se possa caminhar na vida vivendo as conseqüências deste discernimento na continuidade que Jesus mencionou; sendo sal para se diluir e dar sabor e gosto entre os outros semelhantes, sejam eles cristãos ou não, e sendo luz para iluminar os caminhos sendo um referencial em cujas obras são exercidas pelo amor – por que se não tiver amor, de nada me valerá!


Bem-aventurado é o homem que em Cristo discerniu e encarnou estas coisas, e que delas fez seu Caminho, que nelas vive a Verdade, e que por elas desfruta da Vida.


Na graça Dele, por quem digo o mesmo que o salmista: “Bem-aventurado sou eu, a quem o Senhor não imputa transgressões”!


Juliano Marcel
20/11/08
Bragança Paulista - SP
juliano.marcel@ymail.com
www.julianomarcel.blogspot.com

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Qual reino habita sua alma?

"Ele nos transportou do reino das trevas, para o Reino do Filho do Seu amor...", foi o que Paulo disse aos de Colossos.

É o que Paulo diz a todos nós, porém, nem sempre discernimos qual é o reino das trevas e qual é o Reino do Filho do Seu amor.

Uma vez que o próprio Jesus disse que o Reino de Deus, não vem com visível aparência, não podendo estar em um lugar geograficamente especifico, de modo que não se pode dizer que ele está aqui, ou ali, porque o Reino de Deus está ‘em’ nós; logo, se o Reino de Deus não habita a geografia física, mas sim o universo do coração, da interioridade, então, pode-se presumir que o império das trevas – ou o reino das trevas – também habita a interioridade do homem.

Se o Reino do Filho é governado pelo único dogma que pode gerar vida, o amor; o reino das trevas é governado pelo ódio.

Se o Reino do Filho traz paz e vida; o reino das trevas traz tormento e angustias.

Se o Reino do Filho gera bondade e mansidão; o reino das trevas gera perversidade e maldade.

Se o Reino do Filho ilumina o nosso entendimento; o reino das trevas traz a confusão e o caos para a nossa mente.

Se o Reino do Filho faz com que tenhamos uma saúde psíquica de forma que ainda que as circunstancialidades externas sejam caóticas, de modo que como Paulo disse aos Filipenses que pode-se passar por dificuldades geográficas, limitações materiais, escassez de alimento, desprovimento de agasalho, ainda assim, podemos nos alegrar naquEle que nos fortalece; o reino das trevas gera em nós uma fobia existencial, uma crise psíquica, uma alteração de identidade, uma esquizofrenia comportamental de modo que em não tendo em que se refugiar, esconde-se dentro do seu próprio ser, habitando as trevas interiores, sendo atormentado pelos demônios da nossa própria consciência, pelas inseguranças que nos desinstalam, pelas incertezas de nossos dias, pela angústia do amanhã, por toda sorte de medos e traumas que habitam nossa consciência e nosso inconsciente.

Sendo assim, o reino das trevas é o que gera a insegurança que traz a depressão, opressão, fobias, traumas e toda sorte de existências pessoais e impessoais que assolam a interioridade do ser.

Porém, se conforme João crermos que Jesus é o Cristo o Filho de Deus, ele diz que se verdadeiramente crermos, acontecerá conosco o que Paulo disse aqui: seremos transportados do reino das trevas – deste reino de trevas, desta escuridão existencial, desta de-sensibilização afetiva, dessa opressão maligna, dessa invasão por demônios que não são espíritos externos, porém, sendo os algozes do nosso próprio ser -, sairemos deste reino de dor, e seremos colocados no Reino do Filho do Seu amor, que não habita uma geografia, porém se edifica e cresce dentro da nossa interioridade, trazendo paz, alegria, vontade de viver para a glória de Deus; quando isso acontecer, quando essa transição do reino das trevas para o Reino do Filho do Seu amor se der após crermos em Jesus, João diz que teremos Vida em Seu nome.

Vida de paz, de sossego espiritual, de descanso para a nossa alma. Vida que nos ensinará a responder as hostilidades do nosso dia-a-dia. Vida que nos ensinará que ainda que se experimente um mal na vida, Deus faz o mal se transformar em bem pra nós, porque está escrito que tudo coopera – seja mal ou bem, morte ou vida, alegria ou tristeza, certezas e incertezas – conjuntamente para o ‘bem’ daqueles que ama a Deus, uma vida de descanso que nossa alma chama de salvação.

Sendo assim, quando desfrutamos dessa Vida em nós, somos habitados por este Reino do Filho do Seu amor, e já não há mais espaço para desesperança, para depressão sem fundamentos existenciais, para incertezas, medos, fobias, traumas, para a negridão deste reino de trevas, porque gozamos deste Reino de Amor em Cristo.

Só experimenta essa transição existencial, quem creu e discerniu a Cruz de Cristo, e nesta fé se entregou por completo sem medidas, confiando que é habitado pelo Reino do filho do Seu amor.

Pense nisso!

Qual reino tem habitado o seu ser?

Na graça Daquele, que me abduziu para o Reino do Seu amor na Cruz.



Juliano Marcel
07/11/08
Bragança Paulista – SP
juliano.marcel@ymail.com
www.julianomarcel.blogspot.com

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